por Rogério Amorim
“ 3 quesitos fundamentais”
Como defensor ferrenho da iniciativa, da produtividade, das boas idéias mas também do “fazer acontecer”, volto a explorar o assunto e a incentivar aqueles que gostam e pretendem ingressar neste seleto grupo: Empreendedores Vencedores.
“Não tenho inveja daqueles que tem boas idéias, tenho inveja daqueles que as realizam”
Nizan Guanaes
Essa de “virar estatística do SEBRAE”, na qual 75% das empresas fecham as portas em até 2 anos, “não tá com nada”. Se é para fazer, vamos fazer bem feito!
O primeiro quesito e mais fundamental de todos é apaixonar-se pela empreitada na qual pretende empreender-se. A vontade de vencer e a paixão pelo seu negócio serão imprescindíveis.
Para tomar um pouco mais de consciência do que estou defendendo aconselho a leitura do livro Paixão por Marketing, do Ômar Souki.
Nesse livro, o autor narra fatos, relacionando a paixão dos empresários por suas empresas, expõe relatos e situações em três “cases” de enorme sucesso: Salim Matar (CEO da Localiza), Elizabeth Pimenta (Água de Cheiro) e do saudoso Comandante Rolim (TAM).
“O verdadeiro empreendedor é muito parecido com o comandante de um navio. Às vezes, ele tem de sujar a sua roupinha branca para saber o que se passa na sala das máquinas. Ele não pode esperar que o mecânico fale a língua dele, mas ele tem que saber falar a língua do mecânico e conhecer cada peça do navio”.
Miguel Krigsner, presidente de O Boticário
Se não queremos “virar estatística do SEBRAE” o segundo quesito é preparar-se adequadamente. Um bom Plano de negócios, acompanhado por um Plano de Marketing ousado (ousado não quer dizer oneroso, pode ser criativo) e uma boa noção de como ser economicamente responsável e sustentável, principalmente nos primeiros anos do empreendimento são determinantes para o sucesso. Se quer ter retornos imediatos... nem comece!
“É preciso acabar com o folclore de que o dono da empresa pode tudo. Ele, decididamente, tem que ser muito mais um servidor da empresa do que se servir dela. A empresa tem leis próprias, que não vêm da vontade do empresário. Quem não observar essa regra não vai conseguir crescer”.
Oriovisto Guimarães, presidente do grupo Positivo
O terceiro quesito é ter a consciência de que irá correr riscos, irá obter resultados positivos e irá errar também. Isso mesmo, os erros (e às vezes até grandes fracassos) fazem parte da vida e da história de todos os grandes empreendedores. O importante em relação a isso é jamais tentar encobri-los ou despistá-los, encarar as situações de dificuldade de frente e de forma transparente será sempre fundamental para que não cometa os mesmos erros novamente. Erros nos ensinam muito, porém temos que querer enxergá-los e aprender com eles.
“Eu não erro duas vezes. Com minha primeira rede de academias, que faliu, aprendi que o simples fato de haver uma sala de ginástica para homens já afastava parte do público feminino. Também aprendi a simplificar o negócio. Cortei piscina e sauna, por exemplo. Com uma estrutura enxuta, eu dependia de menos clientes para que o negócio fosse rentável.”
Gary Heavin, fundador da Curves