sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Até quando chover no molhado ?

por Rogério Amorim
A reportagem exibida no Fantástico neste último domingo, dia 08 de agosto, mostra a farra de vereadores que, sob o pretexto da realização de cursos diversos, viajam com seus familiares pelo Brasil às nossas custas.
E aí ? Quantas milhões de vezes já vimos reportagens desse tipo? Que empresário ou trabalhador do setor privado não sabe que trabalha muito mais, e com muito mais qualidade, do que a grande maioria dos servidores e autoridades públicas ?
Ver reportagens desse tipo é “chover no molhado”, todo mundo sabe e nada é feito. Todo mundo fica revoltado mas a grande maioria não luta para acabar com isso. Pelo contrário, o que tenho visto sempre são mais pessoas querendo “se dar bem também”, querendo arrumar uma “boquinha no serviço público”.
Considero essa uma questão cultural e social que pode ser modificada, porém, depende de uma mudança drástica dos educadores do país.
Não somos orientados em nossas escolas e universidades a sermos empreendedores, trabalharmos em prol da produção e do crescimento ou a sermos inventivos e corajosos. Não! A base da educação de nosso país está voltada para a busca da segurança pessoal, dos direitos dos trabalhadores (leia-se CLT retrograda e protecionista), a busca do serviço público, estabilidade para toda vida, etc; Herança dos idos tempos de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres”.
Se Bill Gates fosse brasileiro nunca teria largado a faculdade para fundar a Microsoft e provavelmente seria um medíocre e fiscal da receita estadual, tirando 4 meses de férias prêmio a cada quadriênio.
Eu também adoraria ter estabilidade e uma gorda aposentadoria, independente da minha capacidade e produtividade, para o resto da vida, porém não às custas da exploração do trabalho duro e honesto dos que produzem e pagam a maior carga tributária do mundo.
Quem precisa de “pai dos pobres” será sempre um “Zé Mané”.



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